sábado, janeiro 27, 2007

Iemanjá


A primeira postagem de um ano regido por Obaluaê (um ano de prosperidade e conquistas) será para um outro Orixá: Iemanjá.

Dediquei este poema para a Andréa Catrópa, minha cara metade editorial em planos mirabolantes para dominarmos o mundo dos jornais e revistas. É ela quem edita O Casulo comigo. E é filha de Iemanjá.

O poema faz parte de uma plaquete que pretendo lançar este ano, cada poema será duplamente dedicado: ao Orixá e a um amigo (Andréa Catrópa, Ana Rüsche, Elisa Andrade Buzzo, Victor Del Franco, Renan Nuernberger, Flávio Rodrigo Vieira, etc).

Não há título para o livro, mas há subtítulo: "um livro para abençoar a patota" .
Editora? Patuá Editorial : quem não agüenta com a mandinga não carrega o patuá"

Iemanjá
para Andréa Catrópa


Virá

de fora

e

rasgará, a nado
o músculo
da água.

Transbordará (reino de Oxum)

cachoeira

num (como sobra)

lago da memória.

Até que líquida

ser bebida,

e incorporada.

Quando se for (para dentro),

água-fátuo,

deixar-se-á, um pouco,

à matéria

que

engolirá, a seco,

o gole

do

santo.